Uma nova definição de marketing
foi criada pela American Marketing Association em 2008 que diz: “Marketing é a
atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, oferecer
e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e para
a sociedade como um todo”.
Segundo Kotler em se livro
Marketing 3.0 (que aliás super recomendo), ao acrescentar sociedade na nova
definição, reconhece-se que o marketing tem impactos muito maiores que vão além
das negociações privadas entre indivíduos e empresas.
Fazendo uma pequena retrospectiva
podemos lembrar que antes as empresas focavam simplesmente no produto. Isso foi
durante a Revolução Industrial, junto com o desenvolvimento da tecnologia da
produção. Quem não conhece a famosa frase de Henry Ford, “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”.
Era o Marketing 1.0. Depois passamos para o Marketing 2.0, que veio decorrente
da tecnologia da informação e a Internet. Podemos dizer também que é aquele que
foca no consumidor. “Marketing é a
atividade humana dirigida para satisfazer as necessidades e os desejos por meio
da troca” Frase do nosso grande papa do marketing Philip Kotler.
Mas o mundo mudou e muda
continuamente. Nossos consumidores também! O sociólogo Zygmund Bauman diz em
seu livro 44 cartas do mundo líquido moderno o seguinte:
“O mundo que chamo de “líquido” porque, como todos os líquidos, ele
jamais se imobiliza nem conserva sua forma por muito tempo. Tudo ou quase tudo
em nosso mundo está sempre em mudanças”.
Diante de tantas mudanças, como o
boom da internet, hoje nossos
clientes, consumidores tem acesso a muito mais informação. São pessoas mais
antenadas, bem informadas, e com isso mais conscientes, ativos e poderosos do
que nunca.
O que dizer do Foursquare por
exemplo. Uma rede social, voltada para a geolocalização. Vou dar um exemplo
prático. Fui para Paraty, cidade litorânea do estado do Rio de Janeiro e com
alguns toques na tela do celular, fui capaz de ver os restaurantes mais
próximos e analisar em qual jantar de acordo com os comentários postados por
pessoas que já passaram por lá. O poder hoje está nas mãos dos consumidores!
São poucas as pessoas que ainda vão em algum lugar por conta de somente uma
bela propaganda de um prato em uma revista.
É aí que entra o Marketing 3.0,
trazendo uma abordagem holística aos clientes como pessoas norteadas por
valores, multidimensionais e também possíveis colaboradores (as pessoas que
postaram seus comentários no foursquare).
Um dos fatores que contribuem
para esta era mais participativa e colaborativa é a ascensão das mídias
sociais.
Quanto mais expressiva a mídia
social, mais os consumidores poderão influenciar outros com suas opiniões e
experiências. Vê-se nas mídias sociais o futuro das comunicações de marketing.
Os consumidores já estão tomando
conhecimento do seu poder de compra no mercado global. Por sua vez as marcas
precisam posicionar-se de forma positiva dentro deste “diálogo” e também
trabalhar de forma colaborativa nas redes.
Nos dias de hoje os consumidores
buscam mais que um simples produto. Eles precisam indentificar-se com a marca.
Segundo Kotler, o Marketing 3.0 está relacionado a mudar a maneira como os
consumidores fazem as coisas na vida. (Eu antes não olhava no Foursquare
pesquisando restaurantes, bares, etc). Quando uma marca transformações, os
consumidores a aceitam inconscientemente, como parte do seu cotidiano.
Mas uma marca para fazer parte
desse novo mundo do Marketing 3.0 não pode ser falsa. Os consumidores detectam
facilmente quando uma missão de marca não é autêntica, por exemplo.
Sustentabilidade é uma palavra
chave da perspectiva do Marketing 3.0. ela capacita as empresas a buscar novos
segmentos de mercado, principalmente os crescentes dos consumidores
colaboradores. As práticas de sustentabilidade conquistam a admiração do
consumidor e iniciam com ele um diálogo.
Mas diante de tudo isso não
podemos nunca esquecer que os clientes de hoje são conectados, antenados, bem
informados, conscientes, participativos, colaborativos... isso mesmo a lista é
longa, e diante disso detectam se uma marca está sendo falsa. Em qualquer
mídia, e quando falo de mídia incluo também o mundo digital. Na era das redes
sociais, qualquer notícia pode em questão de horas transformar-se num viral
ecom isso promover ou arruinar uma marca.
É um marketing baseado em
valores, mudança sociocultural e sustentabilidade ambiental, mas todos esses valores precisam
estar enraizados, fazer parte da essência da marca.
Para pessoas que prezam valores,
falsidade não cai bem.
Fonte: Livro Marketing 3.0 - Philip Kotler
Livro 44 cartas do mundo líquido moderno - Zygmund Bauman
Beeeijos e até a próxima!
Danny
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